Pegando o ritmo de leitura com Eleonor & Park

5 jan

Já faz algum tempo que queria escrever sobre este livro. Se você estiver na dúvida sobre como começar o ano retomando suas leituras e estiver meio em dúvida de opções este romance leve é uma excelente idéia. Ele se classificaria como YA, Young Adult, de acordo com os vlogs literários que eu sigo, mas não sei se concordo muito com a classificação de livros no geral, mas isso provavelmente é assunto para outra pauta.

O livro é da autora americana Rainbow Rowell e é um retorno aos anos 80 na forma de um romance adolescente.  A escritora  tem outros livros que acabei experimentando depois deste livro, mas este ainda é o meu predileto. Os outros são: Fan Girl, Anexos, Landline e Carry on, sendo que este último não li.

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Eleonor & Park versão em Inglês

Eleonor se muda para uma nova vizinhança e sofre bullying no ônibus da escola além de sofrer com problemas familiares. Ela encontra Park, um jovem tímido mas que começa a se solidarizar com ela.Uma história regada a quadrinhos e fitas cassetes.  Pronto! Leitura perfeita para as férias ou para um fim de semana literário.

Bora começar a pegar ritmo de leitura!

Até a próxima Paty Dica

 

Planos para 2017

2 jan

Feliz 2017!

Sim, infelizmente fiquei quase um ano sem postar nada e não virei agora com um clássico “Voltei e este ano será diferente”, porque de verdade não sei como será, só espero ter mais disciplina em vários aspectos da minha vida, talvez este seja o meu maior desafio para 2017.

2016 foi um ano de muitas mudanças na minha vida, com muitas emoções e o blog perdeu por um tempo a sua prioridade.

Neste novo ano a minha maior meta é ter mais disciplina. E o que o blog tem a ver com isso? Tem tudo a ver! Quero usar o blog como uma ferramenta para me ajudar, ter posts mais frequentes e melhorar a qualidade do que publico.

Vem 2017

Calendário Organizador, agora já preenchido!

Tenho até um organizador de papel para me ajudar, sim sim, sou das antigas e para fazer tudo que eu quero em 2017 utilizarei todos os recursos, papel, google calendar e tudo mais que tiver direito!

Seguem algumas sugestões e planejadores gratuitos para fazer download e começar a se organizar, blog da Elisa Ellis: http://elizaellis.blogspot.co.uk/2016/03/free-printable-irma-weekly-planners.html

Feliz 2017!

Vem 2017!

Newsletter: Lenny e mais….

24 fev

 

Na procura constante por bons conteúdos descobri recentemente a  “Lenny”, uma newsletter (Sim, newsletter!) criada pela autora, atriz e diretora do seriado Girls  Lena Dunham e pela produtora e roteirista Jennifer Konner (origem do nome da newsletter, há!). A newsletter  é escrita exclusivamente por mulheres e comenta assuntos polêmicos e cotidianos com uma perspectiva bem mais elaborada do que temos visto rotineiramente nas redes sociais.

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Newsletter

Acredito no poder do twitter, mas considero difícil discorrer sobre um tema com profundidade em 140 caracteres.  A descrição da news é: “an email newsletter where there’s no such thing as too much information”,. Claro que já existem heaters afirmando que a iniciativa não passa de um conteúdo de uma jovem branca e rica e mimimi…. Mas acompanho a newsletter a algum tempo e não concordo com esta postura, o conteúdo é formado por diversas autoras de diferentes ramos do entretenimento: negras , asiáticas, latinas com temas que estão sendo muitas vezes vulgarizados pela mídia de massa.

Adoro receber estes e-mails com opiniões bem estruturadas, o que me faz pensar se não estamos copiando um antigo modelo de publicação, em que autores publicavam crônicas e histórias em capítulos semanais nos jornais. Autores de grandes clássicos utilizavam  este formato para conseguir um espaço de publicação, como Charles Dickens (UK) e Eiji Yoshikawa (Japão). Eiji  publicou Musashi (que está na minha lista Top 5 de livros)  o romance mais vendido do Japão com 120 milhões de exemplares, no jornal Asahi entre os anos de 1935 e 1939, em capítulos diários.

Na última news, n° 22,  elas colocaram um texto incrível sobre a falta de diversidade e a vulgarização do termo na industria do cinema, em semana de Oscar vale a pena ser lido.

Com a morte  e empobrecimento do jornais talvez consumir newsletter seja uma nova forma de consumir conteúdo, inclusive de um modo mais honesto, visto que você pode seguir quem tem interesse/ afinidade.

Para se inscrever basta clicar aqui e caso você queira conhecer o conteúdo basta acessar o site da Lenny .

Por um mundo com menos memes e cartas abertas e mais conteúdo!

Até a próxima Paty Dica

 

Podcasts: o retorno

17 fev

Teve uma época da minha vida em que eu ouvia muito rádio, morava longe do trabalho e o radio me distraía. Por gostar muito de alguns programas comecei a ouvir seus respectivos podcasts, depois de um tempo enjoei e me decepcionei com a postura  e comentários de alguns podcasts que eu adorava e simplesmente parei de escutá-los.

Porque ouvir podcasts? Porque você pode fazê-lo enquanto limpa casa, faz a unha, dirige, este último ainda é mais interessante pois você fica tão envolvido com o assunto que reduz a sua dependência de checar o whatsapp a cada  02 minutos.

Vi um post do Girls with Style sobre o tema e resolvi dar mais uma chance para esta mídia banida do meu coração. Valeu a pena, acredito que realmente estava ouvindo os podcasts errados.

No GWS descobri o “Mamilos, jornalismo de peito aberto” criado pela Juliana Wallauer e Cris Bartis e me apaixonei! Um podcasts sobre temas cotidianos e polêmicos em que ninguém quer ser o Sr/Sra da razão, as  produtoras e “donas do podcast” ( existe algum nome do tipo: podcazeiro?) e os seus convidados tem como objetivo expor assuntos diversos, sem que ninguém saia “vitorioso” sobre o tema. Recomendadíssimo!

podcast mamilos

Ao recomendar o Mamilos para alguns amigos e eles não sabiam nem  que tinham o recurso  no iphone, segue caminho: procurar pelo app Podcasts que é nativo e depois dentro do app pesquisar por B9, no Android não sei se há app nativo para podcast, aguardarei comentários dos universitários.

Escutando o Mamilos descobri outro Podcast: Projetos Humanos, que conta histórias de pessoas reais, me emocionei escutando “Filhas da Guerra”, primeira série do canal. A história de uma sobrevivente iugoslava/brasileira e sua experiencia do holocausto, para ouvir com uma caixa de lencinhos…snif. As filhas da Guerra episódio 1

Até a próxima Paty Dica

 

 

 

 

Fotografia e histórias: Humans of New York

14 out

“Humans of New York” é projeto é muito interessante que valoriza a história e aprendizado de vida de cada pessoa.

O fotógrafo americano Brandon Stanton retrata pessoas comuns na cidade de New York e associa este retrato a um momento, história de vida ou emoção de seus “modelos” por meio de um pequeno texto que acompanha a foto.

Site Humans Of New York

Site Humans Of New York

O projeto começou em 2010 e já está disponível em diversas mídias sociais, a página no Facebook  já conta com mais de 15 milhões de seguidores e inspirou a criação de páginas semelhantes ao redor do mundo: Humans of São Paulo, Humans of London, Humans of Berlim. Eu particularmente não gostei muito da página Humans of São Paulo, não vi a mesma profundidade nos textos e histórias, mas acessem e tirem suas próprias conclusões.

Nas últimas semanas vi que eles retrataram diversos refugiados da guerra na Síria, com algumas histórias muito comoventes, como esta, em que um homem conta que foi chicoteado apenas por ter feito a sua barba, ato proibido pelo Estado Islâmico:

Depoimento de refugiado que levou chicotadas por ter feito a barba

Também adoro os retratos das crianças, elas tem comentários e observações muito criativas:

Criança em humans of new york

Obs: Vi que é possível comprar o livro do projeto pelo site da Amazon. (Presentes?)

Ainda sobre fotografia, retratos e histórias, recentemente assisti uma palestra fantástica do fotógrafo sul africano Norman Seeff (https://www.facebook.com/NormanSeeffProductions?fref=ts). Norman é especializado em tirar retratos de personalidades e tem uma técnica impressionante para retratar a essência das pessoas em suas fotos, esta técnica consiste em criar empatia com seus entrevistados por meio de uma conversa franca e aberta. O registro das sessões fotográficas  também é feito em vídeo,  foi impressionante ver como este relacionamento entre fotógrafo e “modelo” faz a diferença no resultado final das fotos, seguem duas fotos com dois gênios:

Retrato Steve Jobs por Norman Seeff

Retrato Ray Charles por Norman Seeff

Acredito muito na espontaneidade da fotografias, às vezes vejo algumas fotos em que eu não sabia que estava sendo fotografada e me vejo retratada nestas fotos,  mais do que em fotos produzidas, algo a se pensar antes de falar aquele clássico “X”, espero que tenham gostado desta dica de fotografia.

Até a próxima Paty Dica

Como deixar sua casa mais colorida gastando pouco

30 set

Depois do nosso casamento não tínhamos paciência para pensar em nada de decoração. Na verdade, em qualquer coisa relacionada a casamento e casa, já que ficamos meses decidindo buffet, vestido, móveis e detalhes intermináveis e não queríamos mais gastar o nosso tempo pensando em nada disso. Para sofrimento das nossas mães demoramos 03 anos para ter o nosso álbum, por pura preguiça de escolher as fotos, o que digamos não é uma tarefa muito simples. Sempre digo que escolher fotos do álbum de casamento chega a ser um ato político.

Pensamos bem pouco em decoração antes de montar nossa casa enquanto compravámos alguns móveis, mas depois que começamos a morar aqui, ficamos um bom tempo sem vontade de fazer nada diferente. As paredes e portas eram brancas e não tínhamos nenhum quadro e só uma cortina, o que deixava nossa casa com um certo clima de hospital. Minha convivência com amigas decoradores de interiores  ou dedicadas a cuidar de decoração começou abrir meus olhos sobre pequenos detalhes, que em uma casa que podem e fazem a diferença, tornando o ambiente mais aconchegante e com a cara de seus moradores. Comecei a ficar incomodada que nossa casa não tinha identidade, era apenas uma casa “funcional”,  então decidi começar a pesquisar o que poderíamos fazer para mudar os ambientes sem ter que gastar uma fortuna comprando móveis novos.

Acessei alguns blogs de decoração estilo “Faça você mesmo“, como o blog  A casa que a minha Vó queria  e vi algumas dicas sobre como somente a pintura nas paredes já dava uma “nova cara” para ambientes. Marido convencido que seria algo fácil e prático e que nós mesmos poderíamos fazer (detalhe: algo que nós nunca havíamos feito rs),  começamos a pesquisar o que mudaríamos e decidimos iniciar pelo corredor, passando então a discutir qual seria a cor.  Por incrível que pareça, a sugestão deste verde veio do marido corintiano, que achou que seria uma cor forte e alegre. Pesquisando em alguns blogs, vi que pintar somente meia parede era uma tendência que evita que os ambientes fiquem menores e resolvemos arriscar.

Para dividir a parede,  aprendi uma técnica ninja  (aqui neste vídeo), técnica que, de acordo com pintores experientes como meu pai e sogro, não tem nenhuma novidade. É uma técnica manjada, que consiste em colocar a fita crepe e passar massa fina com o dedo entre a fita e a parede, evitando que a divisão entre cores fique serrilhada quando você retirar a fita.

Para pintarmos esta meia parede, usamos 02 latinhas da Suvinil e demos 03 mãos.

Corredor aqui de casa: Decoração para iniciantes com nossos filmes prediletos dos anos 80

Corredor aqui de casa: Decoração para iniciantes com nossos filmes prediletos dos anos 80

Admito que quando terminamos a pintura, rezamos para não enjoarmos do verde, pois a cor é tão intensa que tenho certeza que será uma tarefa “maravilhosa” repintá-la de outra cor.

Parede finalizada, era a hora de pensar em quadros para o corredor. Queríamos algo que tivesse a nossa cara e começamos a pensar em filmes que gostamos.  Ao pesquisar no Pinterest por imagens de filmes encontrei estas que são formadas com frases dos principais filmes dos anos 80. Adoramos este estilo diferente! Efetuamos a compra e imprimimos as imagens em uma gráfica, gastando cerca de R$7,00 com cada impressão.

 

Batman na parede do corredor

Batman na parede do corredor

Dica importante: Compramos as molduras no site da Tok Stok – Molduras, já que chegamos a cotar para emoldurar e ficava uma fortuna.

Antes de furarmos a parede para colocar os quadrinhos, tiramos xerox das imagens e colamos com fita crepe para ver se acostumávamos com o posicionamento e ordem delas na parede. Uma semana depois, vimos que ainda gostávamos das imagens e da ordem que tínhamos escolhido e decidimos furar a parede para finalizar a mudança.

Pronto! Corredor e casa mais alegres e coloridos! As próximas mudanças e cores comentarei em outros posts, mas digo que estamos felizes com esta nossa criação: tem a nossa cara e foi feita por nós!

 

Até a próxima Paty Dica


Livro 1Q84 – Haruki Murakami

28 set

Um dos meus passeios prediletos é ir em livrarias, confesso que as vezes deixo de ir para não sair com um livro novo na mão. Vi no vlogger da Tatiana Feltrin (Blog da Tatiana) uma tática muito interessante para não sair desesperadamente comprando livros novos: a Tatiana só compra um novo livro quando lê 10 livros dos que já estão em sua estante. Vi que poderia adotar a mesma tática facilmente visto que nos últimos anos a minha velocidade de leitura não acompanhou a minha velocidade em me empolgar e comprar livros novos.

Decidi que faria o mesmo, só iria comprar um livro novo quando terminasse a leitura de 10 livros, ainda minha 07 leitura do ano e teria que esperar um pouco. O que aconteceu?  Entrei na Livraria da Vila aqui perto de casa e saí com 03 livros novos: a série completa do 1Q84. Gosto muito de autores japoneses, li Musashi e algumas outras obras orientais e fiquei curiosa para saber porque todos estavam comentando tanto sobre Haruki Murakami.

Harumi Murakami

Harumi Murakami

1Q84 conta a história de Akemi e Tengo, personagens com 30 anos que vivem em Tóquio na década de 80 e tem uma vida relativamente pacata e comum, mas descrita com muita delicadeza pelo autor com uma série de detalhes sobre seus gostos e cotidiano. A história começa a mudar quando Akemi se revela uma assassina profissional e percebe que a partir de um determinado momento ela passou a viver em um universo paralelo, diferente do mundo que conhecia, inclusive pelo fato de ver 02 luas no céu.

O primeiro livro é de fácil e rápida leitura, de introdução aos personagens e sua realidade, me cativou pela história original, não quero fazer spoiler mas aviso que o livro 1 não tem final, então você automaticamente é obrigado a iniciar a leitura do livro 2, que surpreende e tem complicações inesperadas para ambos personagens, que vão evoluindo e utilizando o passado para refletir sobre seu presente e escolhas.

Aí vem a decepção: livro 3.

458 páginas de enrolação: alguém fugindo, alguém se escondendo e alguém fazendo redescobertas que já havia feito no volume 2. Alguns podem dizer que foi um estilo oriental para reforçar o caráter e história dos personagens, mas apesar de algumas boas analogias eu não gostei do “tempo” do livro, lento, moroso e com um final previsível.

Esperava mais depois de ler quase 1000 páginas da mesma história.

Acho que neste caso esta dica talvez seja uma não dica….ou não.

Até a próxima Paty Dica

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