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Pegando o ritmo de leitura com Eleonor & Park

5 jan

Já faz algum tempo que queria escrever sobre este livro. Se você estiver na dúvida sobre como começar o ano retomando suas leituras e estiver meio em dúvida de opções este romance leve é uma excelente idéia. Ele se classificaria como YA, Young Adult, de acordo com os vlogs literários que eu sigo, mas não sei se concordo muito com a classificação de livros no geral, mas isso provavelmente é assunto para outra pauta.

O livro é da autora americana Rainbow Rowell e é um retorno aos anos 80 na forma de um romance adolescente.  A escritora  tem outros livros que acabei experimentando depois deste livro, mas este ainda é o meu predileto. Os outros são: Fan Girl, Anexos, Landline e Carry on, sendo que este último não li.

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Eleonor & Park versão em Inglês

Eleonor se muda para uma nova vizinhança e sofre bullying no ônibus da escola além de sofrer com problemas familiares. Ela encontra Park, um jovem tímido mas que começa a se solidarizar com ela.Uma história regada a quadrinhos e fitas cassetes.  Pronto! Leitura perfeita para as férias ou para um fim de semana literário.

Bora começar a pegar ritmo de leitura!

Até a próxima Paty Dica

 

Newsletter: Lenny e mais….

24 fev

 

Na procura constante por bons conteúdos descobri recentemente a  “Lenny”, uma newsletter (Sim, newsletter!) criada pela autora, atriz e diretora do seriado Girls  Lena Dunham e pela produtora e roteirista Jennifer Konner (origem do nome da newsletter, há!). A newsletter  é escrita exclusivamente por mulheres e comenta assuntos polêmicos e cotidianos com uma perspectiva bem mais elaborada do que temos visto rotineiramente nas redes sociais.

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Newsletter

Acredito no poder do twitter, mas considero difícil discorrer sobre um tema com profundidade em 140 caracteres.  A descrição da news é: “an email newsletter where there’s no such thing as too much information”,. Claro que já existem heaters afirmando que a iniciativa não passa de um conteúdo de uma jovem branca e rica e mimimi…. Mas acompanho a newsletter a algum tempo e não concordo com esta postura, o conteúdo é formado por diversas autoras de diferentes ramos do entretenimento: negras , asiáticas, latinas com temas que estão sendo muitas vezes vulgarizados pela mídia de massa.

Adoro receber estes e-mails com opiniões bem estruturadas, o que me faz pensar se não estamos copiando um antigo modelo de publicação, em que autores publicavam crônicas e histórias em capítulos semanais nos jornais. Autores de grandes clássicos utilizavam  este formato para conseguir um espaço de publicação, como Charles Dickens (UK) e Eiji Yoshikawa (Japão). Eiji  publicou Musashi (que está na minha lista Top 5 de livros)  o romance mais vendido do Japão com 120 milhões de exemplares, no jornal Asahi entre os anos de 1935 e 1939, em capítulos diários.

Na última news, n° 22,  elas colocaram um texto incrível sobre a falta de diversidade e a vulgarização do termo na industria do cinema, em semana de Oscar vale a pena ser lido.

Com a morte  e empobrecimento do jornais talvez consumir newsletter seja uma nova forma de consumir conteúdo, inclusive de um modo mais honesto, visto que você pode seguir quem tem interesse/ afinidade.

Para se inscrever basta clicar aqui e caso você queira conhecer o conteúdo basta acessar o site da Lenny .

Por um mundo com menos memes e cartas abertas e mais conteúdo!

Até a próxima Paty Dica

 

Livro 1Q84 – Haruki Murakami

28 set

Um dos meus passeios prediletos é ir em livrarias, confesso que as vezes deixo de ir para não sair com um livro novo na mão. Vi no vlogger da Tatiana Feltrin (Blog da Tatiana) uma tática muito interessante para não sair desesperadamente comprando livros novos: a Tatiana só compra um novo livro quando lê 10 livros dos que já estão em sua estante. Vi que poderia adotar a mesma tática facilmente visto que nos últimos anos a minha velocidade de leitura não acompanhou a minha velocidade em me empolgar e comprar livros novos.

Decidi que faria o mesmo, só iria comprar um livro novo quando terminasse a leitura de 10 livros, ainda minha 07 leitura do ano e teria que esperar um pouco. O que aconteceu?  Entrei na Livraria da Vila aqui perto de casa e saí com 03 livros novos: a série completa do 1Q84. Gosto muito de autores japoneses, li Musashi e algumas outras obras orientais e fiquei curiosa para saber porque todos estavam comentando tanto sobre Haruki Murakami.

Harumi Murakami

Harumi Murakami

1Q84 conta a história de Akemi e Tengo, personagens com 30 anos que vivem em Tóquio na década de 80 e tem uma vida relativamente pacata e comum, mas descrita com muita delicadeza pelo autor com uma série de detalhes sobre seus gostos e cotidiano. A história começa a mudar quando Akemi se revela uma assassina profissional e percebe que a partir de um determinado momento ela passou a viver em um universo paralelo, diferente do mundo que conhecia, inclusive pelo fato de ver 02 luas no céu.

O primeiro livro é de fácil e rápida leitura, de introdução aos personagens e sua realidade, me cativou pela história original, não quero fazer spoiler mas aviso que o livro 1 não tem final, então você automaticamente é obrigado a iniciar a leitura do livro 2, que surpreende e tem complicações inesperadas para ambos personagens, que vão evoluindo e utilizando o passado para refletir sobre seu presente e escolhas.

Aí vem a decepção: livro 3.

458 páginas de enrolação: alguém fugindo, alguém se escondendo e alguém fazendo redescobertas que já havia feito no volume 2. Alguns podem dizer que foi um estilo oriental para reforçar o caráter e história dos personagens, mas apesar de algumas boas analogias eu não gostei do “tempo” do livro, lento, moroso e com um final previsível.

Esperava mais depois de ler quase 1000 páginas da mesma história.

Acho que neste caso esta dica talvez seja uma não dica….ou não.

Até a próxima Paty Dica

Livro Americanah – Chimamanda Ngozi Adichie

20 jun

Já fazia algum tempo que eu queria ler o livro Americanah, da autora nigeriana Chimamanda Ngozi Adichie, havia lido alguns comentários em alguns blogs e no Instagram de algumas pessoas que eu sigo.

Americanah

A vontade de ler o livro estava aliada a 02 objetivos para 2015: ler ao menos 02 livros por mês e ler algo em inglês.

Admito que fiquei praticamente 02 semanas enrolando para ler umas 35 páginas, com desculpas clássicas como: “estou muito cansada pra ler” ou “ler em inglês não é a mesma coisa”. Mas para não encostar o livro novamente (sim porque comprei em outubro de 2014) defini que só passaria para outro livro quando terminasse este.

O livro conta a história de Ifemelu, uma mulher nigeriana que decidiu sair da Nigéria para estudar nos EUA e para fugir a ditadura que se instalava no país e acabou ficando na “américa” mais tempo do que imaginava. Engraçado ver a personagem chamando os EUA de américa, tenho uma amiga americana e sua família que mora aqui no Brasil se refere aos EUA da mesma forma. A personagem descreve todos os conflitos de sua teórica adaptação ao país e como percebeu que era negra somente quando chegou nos EUA.  Para descrever sua percepção como estrangeira e negra em um país onde a diferença entre raças influencia muito as atitudes e comportamento Ifemelu cria um blog para expor seus pensamentos.

O livro também tem romance, Ifemelu saí da Nigéria com a promessa de encontrar com seu namorado do colegial , Obinze, nos EUA, este encontro não acontece e em alguns capítulos a autora descreve como foi a vida de Obinze enquanto Ifemelu estava na fora.

A autora também aproveita para levantar muitas questões feministas, principalmente relacionadas a cultura Nigeriana. Chimamanda ganhou muita popularidade quando realizou uma palestra no TED com o tema: “Sejamos todos feministas”, título de um de seus outros livros disponível gratuitamente para download no site da Amazon: Link para download

Após alguns capítulos fiquei tão envolvida na leitura que as demais páginas do livro passaram rápido demais, em alguns momentos esquecia que estava lendo em inglês e ficava mais presa nos comentários e expressões em idgo, dialeto nigeriano.

Recomendo a leitura para todos que gostam de histórias originais, de personagens reais que cometem erros e acertos e que questionam o ambiente em que vivem.

#Sejamos todos feministas

Até a próxima Paty Dica

 

 

Inspiração para escrever e acreditar nas boas histórias

10 maio

Frequentemente me decepciono com a qualidade e profundidade de histórias, roteiros e animações produzidas atualmente. Não gostaria de parecer nostálgica, mas cada vez mais os estúdios se preocupam em realizar remakes ou criar versões adaptadas de excelentes histórias criadas a muito tempo. Um bom exemplo são as milhares de versões de Branca de Neve, que é uma história com origem em lenda alemã e que foi publicada oficialmente pelos irmãos Grimm no começo de 1800, será que de lá para cá não foi possível desenvolverem outras histórias que envolvam as pessoas?
Acredito no poder de uma boa história, que quando eu era criança me levava para mundos tão fantásticos e diferentes, com aventuras tão poderosas que minha mãe até brigava para que eu largasse alguns livros, na verdade preciso confessar que isso também ocorreu na minha vida adulta enquanto eu lia Musashi e ela gritava da cozinha: “Deixa este japonês de lado e venha jantar” hahahaha. Lembro que quando emprestei “Musashi” para um tio querido e a minha tia dizia para minha mãe ao telefone: “O Fio está lá embaixo lendo, não larga o japonês” rs.

Estes foram apenas comentários introdutórios para destacar a fantástica animação/livro/projeto, ganhador do Oscar de melhor curta de animação em 2012 (e se resta alguma dúvida: sim, não me perdoo por não ter descoberto esta animação antes).

Morris Lessmore http://morrislessmore.com/ é uma animação fantástica, construída com pedaços de animação 3D e parte com filme e objetos em miniatura, que tem como foco a paixão sobre a leitura e a capacidade de envolvimento com histórias.

Descobri a matéria na revista 3D Art por acaso, e fiquei muito curiosa para assistir e navegar no aplicativo para Ipad, que aliás é muito bacana.
A animação está disponível de forma pirata no youtube, mas é tão bacana que vale a pena pagar $5 dolares para assistir sua versão original no Ipad, a versão do filme vem junto com o app.Segue link: https://itunes.apple.com/br/app/fantastic-flying-books-mr./id438052647?mt=8

Para os interessados em ler a matéria seguem páginas abaixo:

página 1

página 1


página 2

página 2


página 3

página 3


Página 4

Página 4


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Até a próxima Paty Dica

Troca de Livros

26 fev

Descobri pelo site Catraca Livre o site Troca de Livros, lá é possível cadastrar livros de seu interesse e também oferecer os seus próprios livros para troca.

O endereço é: www.trocadelivos.com.br 

Troca de Livros

Troca de Livros

 

 

 

 

Até a próxima Paty Dica

 

200 anos de Orgulho e Preconceito (Pride and Prejudice)

4 fev

Sempre que alguma das minhas amigas me pergunta qual meu livro predileto de romance respondo sem titubear “Orgulho e Preconceito”, afirmo sem medo que é a base de TODOS os demais livros água com açúcar que a maioria das mulheres gostam.

Nem o nome do Mr Darcy a autora do livro modificou, idem para o filme

Nem o nome do Mr Darcy a autora do livro modificou, idem para o filme

Na semana passada a obra “Orgulho e Preconceito” completou 200 anos, e cada vez que releio vejo o quanto continua atual apesar de retratar de forma perfeccionista um retrato da sociedade inglesa da época.

O livro fala sobre a vida da família Bennet, composta por um pai, mãe e 05 filhas e a pressão da mãe para casar suas filhas. A personalidade distinta das irmãs Bennet é algo interessante, visto que na vida real Jane Austen tinha apenas uma irmã, Cassandra. Elizabeth é a protagonista do livro, com sua personalidade forte e um ponto de vista ultrafeminino para a época.

Mapa dos Personagens

Mapa dos Personagens

Vale a pena ler Orgulho e Preconceito e depois assistir ou ler ou as várias versões do livro para o cinema e também em mini-séries.

Como homenagem ao aniversário da obra esta semana postarei outras obras de Jane.

Até a próxima Paty Dica

Primeiro exemplar de Orgulho e Preconceito exibido na casa da Jane Austen

Primeiro exemplar de Orgulho e Preconceito exibido na casa da Jane Austen

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