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Newsletter: Lenny e mais….

24 fev

 

Na procura constante por bons conteúdos descobri recentemente a  “Lenny”, uma newsletter (Sim, newsletter!) criada pela autora, atriz e diretora do seriado Girls  Lena Dunham e pela produtora e roteirista Jennifer Konner (origem do nome da newsletter, há!). A newsletter  é escrita exclusivamente por mulheres e comenta assuntos polêmicos e cotidianos com uma perspectiva bem mais elaborada do que temos visto rotineiramente nas redes sociais.

lenny 1

Newsletter

Acredito no poder do twitter, mas considero difícil discorrer sobre um tema com profundidade em 140 caracteres.  A descrição da news é: “an email newsletter where there’s no such thing as too much information”,. Claro que já existem heaters afirmando que a iniciativa não passa de um conteúdo de uma jovem branca e rica e mimimi…. Mas acompanho a newsletter a algum tempo e não concordo com esta postura, o conteúdo é formado por diversas autoras de diferentes ramos do entretenimento: negras , asiáticas, latinas com temas que estão sendo muitas vezes vulgarizados pela mídia de massa.

Adoro receber estes e-mails com opiniões bem estruturadas, o que me faz pensar se não estamos copiando um antigo modelo de publicação, em que autores publicavam crônicas e histórias em capítulos semanais nos jornais. Autores de grandes clássicos utilizavam  este formato para conseguir um espaço de publicação, como Charles Dickens (UK) e Eiji Yoshikawa (Japão). Eiji  publicou Musashi (que está na minha lista Top 5 de livros)  o romance mais vendido do Japão com 120 milhões de exemplares, no jornal Asahi entre os anos de 1935 e 1939, em capítulos diários.

Na última news, n° 22,  elas colocaram um texto incrível sobre a falta de diversidade e a vulgarização do termo na industria do cinema, em semana de Oscar vale a pena ser lido.

Com a morte  e empobrecimento do jornais talvez consumir newsletter seja uma nova forma de consumir conteúdo, inclusive de um modo mais honesto, visto que você pode seguir quem tem interesse/ afinidade.

Para se inscrever basta clicar aqui e caso você queira conhecer o conteúdo basta acessar o site da Lenny .

Por um mundo com menos memes e cartas abertas e mais conteúdo!

Até a próxima Paty Dica

 

Podcasts: o retorno

17 fev

Teve uma época da minha vida em que eu ouvia muito rádio, morava longe do trabalho e o radio me distraía. Por gostar muito de alguns programas comecei a ouvir seus respectivos podcasts, depois de um tempo enjoei e me decepcionei com a postura  e comentários de alguns podcasts que eu adorava e simplesmente parei de escutá-los.

Porque ouvir podcasts? Porque você pode fazê-lo enquanto limpa casa, faz a unha, dirige, este último ainda é mais interessante pois você fica tão envolvido com o assunto que reduz a sua dependência de checar o whatsapp a cada  02 minutos.

Vi um post do Girls with Style sobre o tema e resolvi dar mais uma chance para esta mídia banida do meu coração. Valeu a pena, acredito que realmente estava ouvindo os podcasts errados.

No GWS descobri o “Mamilos, jornalismo de peito aberto” criado pela Juliana Wallauer e Cris Bartis e me apaixonei! Um podcasts sobre temas cotidianos e polêmicos em que ninguém quer ser o Sr/Sra da razão, as  produtoras e “donas do podcast” ( existe algum nome do tipo: podcazeiro?) e os seus convidados tem como objetivo expor assuntos diversos, sem que ninguém saia “vitorioso” sobre o tema. Recomendadíssimo!

podcast mamilos

Ao recomendar o Mamilos para alguns amigos e eles não sabiam nem  que tinham o recurso  no iphone, segue caminho: procurar pelo app Podcasts que é nativo e depois dentro do app pesquisar por B9, no Android não sei se há app nativo para podcast, aguardarei comentários dos universitários.

Escutando o Mamilos descobri outro Podcast: Projetos Humanos, que conta histórias de pessoas reais, me emocionei escutando “Filhas da Guerra”, primeira série do canal. A história de uma sobrevivente iugoslava/brasileira e sua experiencia do holocausto, para ouvir com uma caixa de lencinhos…snif. As filhas da Guerra episódio 1

Até a próxima Paty Dica

 

 

 

 

Livro Americanah – Chimamanda Ngozi Adichie

20 jun

Já fazia algum tempo que eu queria ler o livro Americanah, da autora nigeriana Chimamanda Ngozi Adichie, havia lido alguns comentários em alguns blogs e no Instagram de algumas pessoas que eu sigo.

Americanah

A vontade de ler o livro estava aliada a 02 objetivos para 2015: ler ao menos 02 livros por mês e ler algo em inglês.

Admito que fiquei praticamente 02 semanas enrolando para ler umas 35 páginas, com desculpas clássicas como: “estou muito cansada pra ler” ou “ler em inglês não é a mesma coisa”. Mas para não encostar o livro novamente (sim porque comprei em outubro de 2014) defini que só passaria para outro livro quando terminasse este.

O livro conta a história de Ifemelu, uma mulher nigeriana que decidiu sair da Nigéria para estudar nos EUA e para fugir a ditadura que se instalava no país e acabou ficando na “américa” mais tempo do que imaginava. Engraçado ver a personagem chamando os EUA de américa, tenho uma amiga americana e sua família que mora aqui no Brasil se refere aos EUA da mesma forma. A personagem descreve todos os conflitos de sua teórica adaptação ao país e como percebeu que era negra somente quando chegou nos EUA.  Para descrever sua percepção como estrangeira e negra em um país onde a diferença entre raças influencia muito as atitudes e comportamento Ifemelu cria um blog para expor seus pensamentos.

O livro também tem romance, Ifemelu saí da Nigéria com a promessa de encontrar com seu namorado do colegial , Obinze, nos EUA, este encontro não acontece e em alguns capítulos a autora descreve como foi a vida de Obinze enquanto Ifemelu estava na fora.

A autora também aproveita para levantar muitas questões feministas, principalmente relacionadas a cultura Nigeriana. Chimamanda ganhou muita popularidade quando realizou uma palestra no TED com o tema: “Sejamos todos feministas”, título de um de seus outros livros disponível gratuitamente para download no site da Amazon: Link para download

Após alguns capítulos fiquei tão envolvida na leitura que as demais páginas do livro passaram rápido demais, em alguns momentos esquecia que estava lendo em inglês e ficava mais presa nos comentários e expressões em idgo, dialeto nigeriano.

Recomendo a leitura para todos que gostam de histórias originais, de personagens reais que cometem erros e acertos e que questionam o ambiente em que vivem.

#Sejamos todos feministas

Até a próxima Paty Dica

 

 

200 anos de Orgulho e Preconceito (Pride and Prejudice)

4 fev

Sempre que alguma das minhas amigas me pergunta qual meu livro predileto de romance respondo sem titubear “Orgulho e Preconceito”, afirmo sem medo que é a base de TODOS os demais livros água com açúcar que a maioria das mulheres gostam.

Nem o nome do Mr Darcy a autora do livro modificou, idem para o filme

Nem o nome do Mr Darcy a autora do livro modificou, idem para o filme

Na semana passada a obra “Orgulho e Preconceito” completou 200 anos, e cada vez que releio vejo o quanto continua atual apesar de retratar de forma perfeccionista um retrato da sociedade inglesa da época.

O livro fala sobre a vida da família Bennet, composta por um pai, mãe e 05 filhas e a pressão da mãe para casar suas filhas. A personalidade distinta das irmãs Bennet é algo interessante, visto que na vida real Jane Austen tinha apenas uma irmã, Cassandra. Elizabeth é a protagonista do livro, com sua personalidade forte e um ponto de vista ultrafeminino para a época.

Mapa dos Personagens

Mapa dos Personagens

Vale a pena ler Orgulho e Preconceito e depois assistir ou ler ou as várias versões do livro para o cinema e também em mini-séries.

Como homenagem ao aniversário da obra esta semana postarei outras obras de Jane.

Até a próxima Paty Dica

Primeiro exemplar de Orgulho e Preconceito exibido na casa da Jane Austen

Primeiro exemplar de Orgulho e Preconceito exibido na casa da Jane Austen

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